iTalks Almada – Nómadas Digitais: Jangada do Séc. XXI
O Cosmopolitismo é uma dinâmica entre universalismos e diversidade, construída em encontros entre pessoas. Em primeiro lugar, a perspetiva do cosmopolita deve implicar relações com uma pluralidade de culturas requerendo uma abertura intelectual e estética flexível em relação a experiências culturais divergentes, uma busca por contrastes em vez de uniformidade – o fascínio de outros lugares e da alteridade. O cosmopolitismo, em teoria, requer não apenas tolerância, respeito e deleite pela diferença cultural, mas também um sentimento de pertença global que pode ser integrada às práticas quotidianas-Ser cosmopolita significa, literalmente, ser um cidadão global.
“Presentemente, com a tecnologia digital como plataforma, não importa se as pessoas com as quais estamos a interagir estão numa mesa, do outro lado da sala, do outro lado da cidade ou do outro lado do oceano. Aprender a trabalhar com equipas dispersas por cidades, estados e até continentes requer o domínio de novas competências, e, pelo menos inicialmente, requer mais esforço do que andar pelo corredor para entrar no escritório de um colega para uma conversa informal. A mobilidade da força de trabalho, seja ela chamada de “telecomutação”, “trabalho flexível”, “trabalho remoto”, “trabalho distribuído” ou qualquer outra coisa, está rapidamente a tornar-se um modo de vida para mais e mais trabalhadores do conhecimento.
Assim, o nomadismo digital é uma realidade bastante recente, possibilitada pelas tecnologias disponíveis a partir de finais do século XX e que se têm desenvolvido em anos recentes. Estas tecnologias permitem a compressão do espaço e do tempo. A internet veio revolucionar por completo a forma de viver de uma grande parte da população mundial. Existem pessoas excluídas da era da informação por várias razões, incluindo as financeiras, mas o acesso está cada vez mais facilitado e generalizado.
É fundamental abordar o tema, convidamos especialistas na matéria com o objetivo de esclarecer mas acima de tudo debater, conhecer práticas e casos de sucesso.
Oradores
Gonçalo Hall
Gonçalo Hall está a trabalhar para transformar o trabalho remoto no novo normal. Como consultor ele ajuda empresas a implementar os sistemas que permitem a gestão de equipas remotas com sucesso.
Fundou o Remote Work Movement, as conferências Future of Work, o Remote Europe, o Remote Portugal e mais recentemente o Digital Nomads Madeira em parceria com o governo Regional da Madeira e o Digital Nomads Caparica com empreendedores locais.
É também o host do podcast Remote Work Movement, um podcast onde entrevista semanalmente as pessoas que estão a mudar o mundo, remotamente.
Cláudia Paulino
Cláudia Paulino é Co-founder da Digital Nomads Caparica que é um projeto que está a trabalhar na atração de trabalhadores remotos e nómadas digitais através da criação de todas as condições para que estes escolham a Caparica como o seu próximo destino.
Isabel Rocha (Moderadora)
Isabel Rocha é Pró-Reitora na Universidade NOVA de Lisboa, coordenando as áreas do empreendedorismo, transferência de tecnologia e conhecimento, e a plataforma de turismo e hospitalidade.
É Investigadora Principal no ITQB NOVA, coordenando um Laboratório de Investigação em Biologia Sintética. Doutorou-se na Universidade Minho em Engenharia Química e Biológica e fez pós-doutoramento na Universidade Técnica da Dinamarca. Faz investigação em Biotecnologia, cobrindo os tópicos de Bioinformática, Engenharia Metabólica, Biologia Sintética e Biologia de Sistemas , e publicou mais de 140 artigos completos em revistas, livros e conferências internacionais. É a coordenadora científica, entre outros, do Projeto Shikifactory100 (Shikifactory100.eu) e representante nacional no conselho executivo da Infraestrutura Europeia de Bioinformática (ELIXIR). É também avaliadora de várias agências de financiamento, incluindo a Comissão Europeia.
Durante 2007, foi professora visitante no MIT, EUA, como parte do Programa MIT-Portugal e foi, de 2007 a 2017, parte do corpo docente do MIT-Portugal, sendo responsável por um programa educacional em inovação envolvendo 4 universidades e 2 programas de doutoramento – o programa i-teams. Foi Presidente da P-Bio, Associação Portuguesa de Bioindústrias e foi uma das fundadoras das empresas Biotempo e SilicoLife.
É Presidente do Conselho de Administração do CoLab InnovPlantProtect, em proteção de culturas, e Vice-Presidente do CoLab BIOREF em Biorrefinarias, sendo ainda vogal do Conselho de Administração do Madan Parque, a incubadora de base tecnológica da NOVA.
Miguel Costa
Miguel Costa, de 28 anos original da Charneca da Caparica, é um empreendedor digital que após terminar o percurso académico, optou por se tornar Nómada Digital: Trabalhar Online e Viajar o Mundo. Co-fundou TravelB4Settle e Remote Portugal e envolveu-se em muitos outros projetos, todos direccionados para criar mais consciência da Era Digital e seu potencial, para ajudar Portugal a se tornar mais digital e para ajudar Portugueses a criarem os seus próprios projetos, a se lançarem na Internet e se tornarem Nómadas Digitais.
João Couvaneiro
João Couvaneiro é Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem feito investigação na área da história social e política, com destaque para as temáticas relacionadas com história da educação. Foi Professor Coordenador e Diretor da Escola Superior de Educação Jean Piaget de Almada. Lecionou em diversos estabelecimentos de ensino básico e secundário.
Tem apoiado processos de inovação educacional e de integração das tecnologias em contextos educativos. Reconhecido como Apple Distinguished Educator, foi também finalista da edição mundial do Global Teacher Prize. Integrou a direção da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional. É membro do Conselho de Administração do Madan Parque, do Conselho Estratégico Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N), do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa de Educação e Formação de Adultos, do Conselho Científico da Associação Portuguesa para a Inovação e Empreendedorismo Social e Digital e do Conselho Geral de diversas escolas agrupamentos de escolas. Foi eleito vereador da Câmara Municipal de Almada nas eleições autárquicas de 2017, onde assume a vice-presidência e diversos pelouros.